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Foto do escritorMarcos Antunes

NÃO FAÇA DE SEU ANIMAL UM PRISIONEIRO



Você entra em casa e alguém diz:

– A partir de agora nunca mais você vai sair desse espaço.

Ou pior ainda:

– Vou acorrentá-lo e levá-lo lá para o quintal. De lá você não sai mais.

Só de pensar nessas situações dá um frio na espinha, não é verdade? Os exemplos citados representam uma grande crueldade tanto para os seres humanos como para os animais. Mesmo assim, existem muitos cães vivendo nessas condições, apesar de seus proprietários insistirem em dizer que os respeitam muito.

Os veterinários são unânimes em dizer que esses costumes deveriam ser proibidos e lamentam a desinformação de muitas pessoas em relação ao assunto. A triste realidade mostra que milhares de cães são acorrentados pelo pescoço, sem carinho, sem exercício, sem interação social.

Em muitas situações a área ao redor da corrente fica em carne viva, coberta de feridas, e como o animal cresce a coleira não “acompanha” essa evolução, ficando apertada e provocando o apodrecimento da zona ao redor do pescoço.

Outros vivem dentro de canis 24 horas por dia, sofrendo em silêncio. Na medida em que os dias se transformam em anos, a maioria deles deita-se, senta-se, dorme, come, bebe, urina e defeca dentro do mesmo espaço que quase sempre é muito pequeno.

Em alguns casos os procedimentos (corrente e canil) são adotados para transformá-los em cães de guarda ferozes mas, na maioria das vezes, isso ocorre por pura falta de informação.

As pessoas alegam, dentre outros motivos, que acorrentam seus animais por não acreditar que eles possam ser educados para se comportar bem. Outras afirmam que foram criadas em famílias que sempre fizeram assim. E o mais lamentável é que a maioria nunca tentou melhorar a situação.

Se você conhece algum caso semelhante, participe da nossa “corrente” do bem, divulgando essas informações importantes.

O contato com os humanos é tão importante para os animais como comida e água, especialmente quando eles são de estimação. É a partir da convivência que eles começam a entender o mundo, assim como os limites, regras e costumes.

No caso dos gatos eles são mais independentes, já os cães não são capazes de sobreviver sozinhos e dependem das demonstrações de afeto para viver bem. A solidão costuma gerar animais com problemas graves de temperamento como ansiedade, agressividade, carência extrema, medo, hiperatividade, etc.

Nós, humanos, também precisamos aprender que a liberdade de correr, cavar buracos, fuçar no jardim ou explorar o ambiente onde vivem, são atividades preparatórias para que os filhotes possam se desenvolver física e emocionalmente. É isso que fará deles adultos saudáveis e corajosos.

Da mesma forma em que é fundamental o processo de socialização através do contato com pessoas de idades e raças diferentes, para que eles possam ter bases para saber avaliar uma situação de perigo de forma segura. Só um cão estável é capaz disso e filhotes criados presos jamais se tornarão adultos saudáveis.

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